Dê só uma olhada nesse game aí em cima. As regras são simples: para marcar pontos, você deve fazer com que as manchinhas brancas na tela atravessem as bolas amarelas e azuis. Quanto mais rápido você cumprir a tarefa, mais pontos ganha. Um arcade clássico, certo? Bom… mais ou menos. Na verdade, as tais “manchinhas” que você está vendo são paramécias, um tipo de protozoário comum em água doce. Pois é. Nesse jogo, criaturas vivas são fechadas em um ambiente propício para garantir a diversão alheia – e não, não estamos falando do Big Brother (ok, essa foi ruim).

Os biotic games – ou “jogos bióticos” em português – são uma criação dos cientistas da universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e estão longe de ser apenas entretenimento. Todos os games exigem algum conhecimento científico leve. Na versão biótica de Pac-Man, por exemplo, a partida se desenvolve sobre um campo magnético minúsculo, que é exibido em uma tela de computador. Para avançar no jogo, é necessário inverter a polaridade elétrica do campo por meio de um console, que interfere no fluido onde estão as paramécias e, consequentemente, altera a direção delas, como mostra o vídeo abaixo.


Em entrevista ao site New Scientist, o pesquisador Ingmar Riedel-Kruse, idealizador dos games, disse acreditar que estes servirão para despertar o interesse pela ciência nas novas gerações, além de estimular novas pesquisas nas áreas de biomedicina e biotecnologia. E aí, você concorda com ele?

Por: Claúdia Fusco

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