“Não luto como quem esmurra o ar. Mas esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado.”
1 Coríntios 9:26b-27

José Aldo, Bem Henderson, Dominick Cruz, Jon Jones, George St. Pierre, Anderson Silva, Cigano, Vitor Belfort, Minotauro, Wanderley Silva, Mirko Cro Cop…

Se você reconhece esses nomes, é porque também curte esse esporte que têm se tornado cada vez mais popular no Brasil, o MMA (Mixed Martial Arts). Eu sou meio vidrado, sempre nos juntamos para assistir as lutas, entre brasileiros e outros lutadores do mundo todo.

Paulo era um apóstolo que provavelmente gostava de esportes. Nós vemos em diversos trechos de suas cartas, comparações de nossa vida cristã com uma corrida, ou como neste versículo da carta aos coríntios, comparando nossa vida cristã com uma luta.

“Não luto como quem esmurra o ar”. Paulo sabe que socos no ar não valem pontos, nem derrubam o adversário. Quando vivemos como bem entendemos, quando negligenciamos o que a Palavra nos orienta, quando nos afastamos de Deus e nos aproximamos do mundo, nossos socos começam a “ficar no vácuo”.

A Bíblia nos ensina que “nossa luta não é contra carne ou sangue, mas contra os principados e dominadores do mal”. Eu fico imaginando Deus na platéia dessa luta. Vamos dizer que o Espírito Santo é nosso “córner”, sabe aqueles caras que ficam ao lado do octógono, orientando seus lutadores? Pois é, Ele está ali nos vendo lutar contra nossos pecados, e quando percebe que começamos a desanimar, quando estamos perdendo a luta, começa a gritar tão alto, com tanta intensidade, que seus gemidos se tornam inexprimíveis.

Jesus não quer apenas assistir, Ele quer participar dessa luta, Ele quer entrar no centro do octógono e lutar ao nosso lado, Ele espera apenas um sinal, um apelo, um pedido de ajuda, não pode negar porque não resiste ao coração arrependido de um filho Seu. Aguarda ansiosamente para poder mostrar como Aquele que já venceu até a morte, pode derrotar facilmente o pecado.

O problema é que muitas vezes não fazemos este apelo, continuamos a lutar sozinhos contra o pecado, não damos ouvidos ao nosso córner, sentimos tanta vergonha de estar perdendo a luta que nem conseguimos mais ver Deus nos observando na platéia. Nem percebemos como Seus punhos estão cerrados, como Seus olhos brilham, afinal, estão espancando o seu pupilo, aquele que Ele criou para ser um vencedor, um campeão nesse ringue chamado de vida.

Esmurrar nosso próprio corpo é ter a consciência de que não podemos perder a luta contra nossos pecados, não podemos deixar de ouvir a voz do Espírito, e, se a coisa estiver feia, olhar para nosso Pai e implorarmos pela sua misericórdia.

E qual é nosso prêmio? Um cinturão que vale mais do que todo ouro e prata deste mundo, na forma de uma coroa, descrita em Apocalipse 2:10:

“Seja fiel até a morte e Deus lhe dará a coroa da vida eterna”

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