“Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito” – Sl 51.11

Davi havia transgredido vários mandamentos da lei de Deus. Estava ocioso, cobiçou, adulterou, assassinou seu general... Estava como esmagado debaixo de uma montanha de culpa, sem paz interior e sem condições de viver plenamente o seu chamado como Rei em Israel. Natã entra em seu palácio, usa a figura que conhecia intimamente para despertar-lhe a crueldade que havia cometido: Uma ovelha de um pobre homem havia sido morta por um rico inescrupuloso. Ao ouvir a história, o ódio brotou-lhe violentamente. Porém, mal sabia que o impiedoso homem era ele.

Mas como foi benéfica a confrontação! Davi teve forças para confessar seus pecados, se quebrantar interiormente e ser restaurado por inteiro. No meio da sua confissão podemos perceber dois pedidos: “Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito” – Sl 51.11. Davi possuía muita riqueza. Quando estava velho e percebeu que não iria construir o Templo, separou toneladas de ouro, prata e bronze para que seu filho Salomão construísse (1 Cr 29). Palácios eram vários. Um trono para governar. Um exército à sua disposição. Seu cardápio continha as mais finas iguarias. Mas não foi isso que pediu. Ele não ficou com medo de perder essas coisas. Seus valores eram outros. Por quê?

1.Sem a presença do Senhor a vida não vale a pena.

As riquezas por maior que sejam traz uma satisfação visível, mas a presença do Senhor traz satisfação interior, espiritual, sendo a nossa maior riqueza. Um trono confere poder para decidir e governar, mas na presença do Senhor quem tem a última palavra é Ele. O exército mais treinado consegue trazer apenas uma segurança aparente, mas a presença do Senhor traz segurança e paz interior. Um prazer por maior que seja é temporário e o Senhor é eterno.

Não há paisagem mais bonita, lugar mais prazeroso, aconchego mais revitalizante. A presença do Senhor é o melhor lugar do mundo.

2.O Espírito Santo é indispensável.

O Espírito Santo é o que “nos convence do pecado, da justiça e do juízo” (Jo. 16.8). Ele nos orienta para não pecarmos e produz arrependimento quando pecamos.

Ele é o Autor da Bíblia. “Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” – 2 Pe. 1.20,21. Com Ele somos alimentados pela Palavra de Deus. “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” – Mt 4.4. A revelação de todas as promessas, a inspiração de cada letra, o desejo de cada mudança, cada frase de um cântico novo, vem pelo agir do Espírito santo em nosso interior.

Pelo Espírito Santo somos capacitados a romper todas as fronteiras, anunciar o Evangelho, e até mesmo pagar com as nossas vidas, se preciso for – “Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre voces, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra” – At 1.8.

No Espírito Santo somos cheios de prazer para viver: “Não se embriaguem com vinho que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito” – Ef. 5.18. O vinho no contexto bíblico era símbolo de alegria, de fartura (era feito da abundância da colheita), de comunhão, de aliança, de saúde (era usado medicinalmente em alguns casos), e aquecia do frio. Porém, veio o Apostolo Paulo e disse em outras palavras: Tenho algo muito melhor que o vinho que pode dar uma alegria interior, uma satisfação muito maior, um relacionamento muito mais profundo, um pacto eterno, uma cura espiritual e uma motivação não deste mundo. Não tomem apenas um drink, mas encham-se do Espírito Santo. O vinho pode alterar-lhes a consciência para pior, mas o Espírito Santo produzirá uma vida de verdade.

Foi por isso que Davi orou assim: “Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito”. Deixemos estas palavras ser verdade em nós.

Por: Pr. Elias Alves Ferreira
Fonte: Semeando a Palavra para alcançar vidas!

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