Para muitos, Deus não é levado a sério, é tratado como um objeto de compra e venda
Ele foi destaque na internet nas ultimas semanas; já foi acessado por milhões de usuários. O seu conteúdo serviu de “muleta” para muitos vídeos, inclusive, para programas humorísticos de TV. É quase impossível assisti-lo sem dar risadas. Estou me referindo ao vídeo intitulado “para nossa alegria”, em que três pessoas cantam, de maneira muito engraçada, o antigo louvor denominado “Galhos Secos”. No pico da fama, os irmãos Jefferson e Suellen, autores do vídeo, não escondem a vida simples e a origem humilde. Contudo, estão vivendo um momento “mágico”. Isso porque o sucesso do vídeo lhes trouxe, de bandeja, um contrato com uma importante gravadora musical.


Paralelo a este vídeo, porém, outro foi muito enfatizado, sobretudo, pela mídia jornalística. Em pleno horário nobre, na noite de 18 de março deste ano, uma das principais emissoras de TV do Brasil denunciou o apóstolo Valdemiro Santiago, por comprar, com o dinheiro da igreja da qual é fundador e presidente, duas grandes fazendas no pantanal do estado do Mato Grosso, pelo valor de, aproximadamente, 50 milhões de reais. Como era de esperar, grande foi a repercussão do fato entre muitos religiosos e, lamentavelmente, entre os milhões de telespectadores do Brasil e fora dele. Lamentável! Esta é, talvez, a palavra que melhor descreve este episódio.

É lamentável porque os “podres” do “podre” são descobertos, mas o mal cheiro fica impregnado naqueles que não tem nada a ver com a coisa. Isso porque as pessoas, em sua maioria, não tomam o devido cuidado de separar os pastores dos lobos, o trigo do joio. Ou seja, muitos líderes religiosos sérios, acabam por ficar mal vistos aos olhos de muitos, por causa de uma atitude antiética de outrem, a qual reprovam veementemente. É lamentável porque claramente se vê uma manipulação e não uma conversão como objetivo final da pregação. É lamentável porque o evangelho que deveria ser utilizado para a salvação dos que crerem, é, na realidade, usado como um pretexto para o enriquecimento daqueles que, de imitadores de Cristo, não têm nada! E eu digo isso não para a nossa alegria, mas para a nossa tristeza e lamento.


Para a nossa tristeza, Deus não é levado a sério por muitos, é zombado, tratado como um objeto de compra e venda e como um garçom (com todo respeito aos que diligentemente honram tal profissão), que tem a obrigação de servi-los a hora que quiserem e como bem entenderem. Para a nossa tristeza, querem fazer do evangelho não o poder de Deus para a salvação, mas o poder do homem para a corrupção. Para a nossa tristeza, as palavras de Jesus descritas no evangelho de Marcos 9:42 (E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar), possivelmente nunca serviram tanto para uma geração quanto para esta. Parece que caíram como uma luva para este tempo.


E agora, o que fazer? Baixar a cabeça e cruzar os braços? Admitir que está tudo perdido? Não! Jamais! Lembremo-nos do refrão da canção: “para a nossa alegria”. Isso mesmo, cantemos a canção. Temos razões para isso! Para a nossa alegria nem todos mercadejam o santo evangelho, ao contrário, muitos se rendem a ele! Para a nossa alegria, ainda há verdadeiras conversões; o bêbado ainda se torna sóbrio, a prostituta muda de vida, a estéril se torna mãe de filhos, o jovem luta contra a fornicação, o cônjuge se preserva fiel, o funcionário se conserva honesto, o pastor ainda tem em si o cheiro das ovelhas e estas ainda o seguem!


Para a nossa alegria o Cristo que por nós morreu no alto do Gólgota e que, ressurreto, foi glorificado, não mudou. Apesar da soberba, da ambição, da mentira e da corrupção existente no coração do homem, ele se mantém santo, puro, imaculado, sem pecado. Jesus é o mesmo! Portanto, não desistamos de nos alegrar na pessoa dele. Não permitamos que a luz por ele produzida em nossas vidas seja ofuscada pela imundícia do ímpio. Que Cristo seja glorificado por meio do caráter de seus fiéis discípulos dessa geração e que a obra dele seja confirmada e notificada no decorrer dos anos. Amém!


Por: Ms. Jailton Sousa Silva, colaborador do Departamento de Educação Cristã (DEC) da Igreja Adventista da Promessa.
Fonte: Portal da Igreja Adventista da Promessa

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